sexta-feira, 23 de março de 2007

Licor, Sabão e Sapatos - novo livro de Daniel Abrunheiro

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Receio bem que o todo deste livro seja inferior à soma das suas partes. Dito isto, vamos por partes. A parte inicial chama-se Licor, Sabão e Sapatos. É uma colecção de histórias, não mais do que isso. Alguns dos textos foram já publicados no Cronicão, em 2003. Outros viram a luz na internet e outros, ainda, em partes outras. Não são histórias da minha vida, mas histórias que a minha vida deu. É diferente, embora não seja importante. Como curiosidade, sublinho apenas que a personagem de uma das histórias se chama Camilo Ardenas. O texto nada tem a ver com o meu próximo livro, mas a figura tem: assim se chama o tipo central de um romance que ando alinhavando num universo paralelo a este(s). A parte seguinte chama-se O Cedro e a Lua. É coisa completamente diferente no meio de tudo o que já escrevi até hoje, publicado ou não. Esse texto, sim, devo-o àquela dimensão da vida a que se chama “(auto)biografia”. Como O Cedro e a Lua tem nota prévia própria, mais aqui não adianto. Segue-se Uma Quinta ao Fundo com Cavalos. É uma narrativa em onze momentos. Teve origem numa fotografia de 1967. Estamos a minha irmã e eu. Ela tem 23 anos. Eu tenho três. Ao fundo, onde ainda hoje é a tal quinta, já não há cavalos. Depois, vem uma coisa talvez imperdoável. Armei-me em dramaturgo e, em coisa de duas semanas, escrevi uma peça de teatro. Chama-se O Último Dia. Espero ser perdoado por este texto, que eu tenho já perdoado também muita coisa a muita gente. Em penúltimo lugar na estrutura deste volume, está Gente do Touro de Ouro. Tal como Cronicão e o texto final, foi publicado em 2003 em edição de autor de curta circulação. Trata-se de uma narrativa-espelho. Quero dizer: é composto de duas partes com exactos 25 parágrafos cada. Como então referi na contracapa desse livro justamente esquecido, “o primeiro parágrafo da primeira parte haverá de reflectir-se no primeiro parágrafo da segunda parte. E assim sucessivamente, até 25. O leitor experimente ver se a reflexão (essa palavra de espelho que pensa) resultou ou não”. O texto final chama-se Noite de Homens-Cantores. Publicado em conjunto com o Cronicão e a Gente do Touro de Ouro, foi vivido e escrito no Inverno de 1998. É um texto que alia a prosa ao verso numa espécie de entrecho dramatúrgico. Posto isto, resta tão-só o derradeiro sacrifício: a leitura propriamente dita. É minha esperança que, ao leitor, tal sacrifício resulte benigno.

(Nota do autor)

A edição de "Licor, Sabão e Sapatos" está prevista para o dia 2 de Abril. Os lançamentos do livro terão lugar, de certeza, em Pombal e Coimbra; talvez também em Leiria e Viseu. Quando houver datas e sítios marcados, aqui

sexta-feira, 16 de março de 2007

Morreu ontem Carla Torres, actriz e encenadora da Companhia Trigo Limpo, e elemento da direcção da ACERT.

Carla Torres tem um extenso curriculum dedicado à cultura e ao associativismo da região. Em 1979, entrou, como actriz, para a Companhia Trigo Limpo Teatro ACERT. Entre 1990 e 1992, fez parte do colectivo A Barraca. Regressou ao Trigo Limpo em Agosto de 1992, onde, para além de participar como actriz em mais de 30 produções da companhia, foi encenadora de “Se Chovesse Vocês Estragavam-se Todos” e “Bicicleta de Recados”, a última peça em que participou. O funeral de Carla Torres realiza-se amanhã, sábado, às 3 da tarde, em Tondela. A marca da passagem existencial e profissional de Carla Torres ficará para sempre na ACERT e no concelho de Tondela.

terça-feira, 13 de março de 2007

Bem-vindos ao Anoitecer ao Tom Dela

O nome Paulo Ribeiro está intimamente ligado ao Teatro Viriato. Há sete anos atrás, o intérprete e coreógrafo assumiu a direcção do então Centro Regional das Artes do Espectáculo. Viseu entrava para o mapa da cultura nacional e internacional. Em 2002, Paulo Ribeiro deixa o Teatro Viriato para ser director artístico do Ballet Gulbenkian. No ano passado, o coreógrafo regressa a Viseu para assumir, de novo, a direcção do Teatro Municipal da cidade. Também em 2006, a Companhia Paulo Ribeiro, fundada em 1995, conquista, em Viseu, um espaço físico próprio. O coreógrafo – que diz sentir-se em casa na cidade de Viseu – vai recordar connosco um percurso de 30 anos (desde a altura em que, contra tudo e contra todos, decidiu ser bailarino) que o trouxe, de voo em voo, à cidade de Viriato. Paulo Ribeiro conversa connosco depois das 21h00, na rubrica Interiores. Esta noite vai ainda poder ouvir a história que o Daniel Abrunheiro traz à antena entre as 22h00 e as 23h00 e depois, já a terminar mais uma edição do Anoitecer ao Tom Dela, falamos de Lou Reed na rubrica Filhos da Madrugada. Mas o programa começa às 20h00. Durante uma hora, há música em português, uma história infantil e o Dia a Dia Cultural para ouvir. Tenha uma noite humana.

terça-feira, 6 de março de 2007

Bem-vindos ao Anoitecer ao Tom Dela.

Bem-vindos ao Anoitecer ao Tom Dela

Devido a problemas técnicos, o blog não tem sido actualizado. Pelo facto, pedimos desculpas.
Retomamos, a partir de hoje, a "programação".

segunda-feira, 5 de março de 2007